Entendemos que o programa de notas da comunidade como ferramenta de verificação, anunciado pela Meta em substituição ao trabalho dos checadores, já se mostrou ineficaz no X. Ao seguir esse caminho, a empresa torna o ambiente digital menos seguro e confiável para seus usuários. Natália Leal, diretora-executiva da Lupa
O trabalho de checagem de fatos, distante de ser censura, é instrumental para a liberdade de expressão. Apenas com informações factualmente verificadas é possível tomar decisões conscientes sobre temas tão urgentes quanto saúde pública e diversos tipos de violência. Tai Nalon, diretora-executiva do Aos Fatos
Notas da comunidade não substitui jornalismo. A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) destaca que as organizações de checagem de fatos não retiram conteúdo do ar das redes sociais, mas apontam erros factuais e informações enganosas.
A ação voluntária de usuários das redes não é capaz de substituir a checagem profissional de fatos, principalmente em um cenário em que a poluição do ambiente informativo provoca danos evidentes à democracia, especialmente com o avanço de ferramentas como a inteligência artificial. Abraji
Rede vai priorizar conteúdo político. A Meta afirma que desde 2021 reduziu publicações que tratassem do tema, baseado no pedido de usuários. Porém, com essas mudanças, a rede diz que terá uma “abordagem mais personalizada”, permitindo que quem desejar, terá mais acesso a esses conteúdos em seus feeds.
Acenos a Trump
Zuckerberg fala em se juntar ao governo dos EUA para lutar contra governos ao redor do mundo que atacam empresas do país. O CEO da Meta cita que a Europa tem leis que institucionalizam a censura e que na América Latina há “cortes secretas” que exigem que empresas removam conteúdos.
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