O mesmo vale na hora de encontrar os amigos, algo que sempre poderia “ficar para depois”. A tendência é nos tornarmos pessoas mais fechadas e menos expostas a tudo de bom e de ruim que o convívio social causa.
Além da questão de desenvolvimento social, essa nova relação com o tempo também afetaria outro aspecto: a evolução científica e tecnológica. Afinal, por que avançar em ritmo acelerado e tentar tornar a nossa vida melhor hoje se teremos todo o tempo do mundo?
Religiões seriam diferentes
Religião anda de mãos dadas com a vida e a morte. Para muitas pessoas, acaba sendo um conforto acreditar que há seres superiores gerenciando tudo que acontece “aqui embaixo”. Ou, ainda, que a morte não significa um simples fim, mas, sim, uma passagem, uma troca de ciclo, e que não há sentido em pensar nisso.
Trazendo essa relação terapêutica das religiões, fica o questionamento: fossem os humanos imortais, faria sentido cultuar deuses ou acreditar em seres superiores? Será que teríamos instituições que, mais do que dar esse tipo de conforto e orientação às pessoas, também acabam ditando costumes ao definirem o que é certo e errado —e, em alguns momentos, é capaz de provocar comportamentos extremos que desaguam em desentendimentos, conflitos e guerras?
Isso não quer dizer que um mundo com pessoas imortais e, por conta disso, sem religião seria melhor ou pior. Certamente, porém, seria diferente.
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