É esse arranjo complexo que faz a IA do STF alucinar pouco, ou seja, não escrever bobagens sem sentido. Mas esse DNA não sai de graça. A cada vez que é acionada, Maria custa cerca de R$ 5, conta Oliveira. Já foi mais custoso. Durante os testes, era R$ 8 a cada ação. O plano, diz Oliveira, é reduzir a cifra ainda mais.
Como os documentos ficam no sistema do STF e não em um chatbot, os modelos de IA não precisam ser acionados a toda hora para uma nova edição ou checagem de detalhes. Isso diminui o gasto, o que certamente deve ter frustrado as empresas envolvidas.
Durante os testes, a Microsoft, parceira da EloGroup, cobriu os custos. Agora, eles serão absorvidos pelo contrato de prestação de serviços do STF com o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados).
A questão do gasto não é trivial. Como é um tribunal que serve como referência para os demais, o STF acaba ditando a tecnologia a ser adotada pelos demais.
O que é feito no Supremo vira referência para outros tribunais. É o mais importante tribunal do país, mas não tem um volume [de ações] muito significativo, de tal maneira que o consumo de tokens não seria um problema. Mas, quando a gente faz algo que outro tribunal possa utilizar, tem que se preocupar com isso. E era parte do nosso projeto desenvolver soluções economicamente viáveis
Natacha Moraes de Oliveira, secretária de tecnologia da informação do STF
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