Os cientistas também analisaram outras características do material teórico para entender o paradoxo, como a magnetização total do modelo de Ising, o número de polos apontados em direções opostas e se a temperatura se mantinha uniforme.
O segundo estudo sobre Mpemba de 2020 ocorreu em agosto e foi além nos experimentos práticos. Avinash Kumar e John Bechhoefer, da Universidade Simon Fraser em Burnaby, publicaram na revista Nature o teste com novos materiais.
Em vez de água, usaram pequenas gotas de vidro com 1,5 micrômetro de diâmetro cada. Cada conta representava o equivalente a uma única molécula de água. Um laser aqueceu cada conta para criar um potencial cenário energético. Enquanto isso, a conta era resfriada em um banho de água de verdade.
À medida que pesquisadores mediam a temperatura das contas, perceberam que sob certas condições, as contas que começaram mais quentes esfriaram mais rápido do que as mais frias, mas essa diferença de tempo variava. Algumas esfriaram em cerca de dois milissegundos, enquanto as contas mais frias levaram dez vezes mais tempo.
“Esta é a primeira vez que um experimento pode ser reivindicado como limpo e perfeitamente controlado que demonstra esse efeito”, disse o químico teórico Zhiyue Lu, da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, ao site Science News.
Oren Raz, do Instituto de Ciência Weizmann, espera que outros físicos possam encontrar esse mesmo comportamento em outros materiais, como ligas metálicas. Se conseguirem, será útil para processos de resfriamento mais eficazes nos metais, o que teria aplicações diversas no ramo da construção e da indústria, por exemplo.
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